O Governo moçambicano admite a possibilidade de privatização
das empresas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e Tmcel (telecomunicações)
para resgate das duas companhias face "à complicada situação financeira"
em que se encontram, disse hoje fonte ligada ao processo.
A privatização "é um
dos cenários a ter em conta, mas o destino final a dar a estas empresas vai
resultar de um processo de reflexão em curso", avançou a fonte à
Lusa.
Até dezembro, prosseguiu, "é
provável que haja uma decisão" sobre o futuro da LAM e da Tmcel.
Uma análise do Centro de
Integridade Pública (CIP), organização não-governamental moçambicana, divulgada
na semana passada, aponta-as como tecnicamente insolventes, a sobreviver de
injeções de capital e de garantias do Estado para responder perante os
credores, e, como tal, representando um elevado risco para as contas públicas.
“A informação está em linha com
as declarações feitas no domingo pelo ministro dos Transportes e
Comunicações, Mateus Magala, ao canal privado de televisão Media Mais, segundo
as quais está a ser ponderada a entrega de ambas as empresas a privados”
remetendo uma decisão para a avaliação em curso sobre o melhor cenário.
Em agosto, o ministro da Economia
e Finanças, Max Tonela, admitiu que a LAM e a Tmcel precisam de uma
restruturação para entrarem na via da sustentabilidade.
Temos estado a discutir o caso da restruturação da LAM e da Tmcel,
enfatizou na altura.
As mudanças nas duas empresas,
acrescentou, são parte de uma restruturação do setor empresarial do Estado
(SEE), visando o saneamento financeiro das que enfrentam dificuldades.
Reforçar a fiscalização e gestão das empresas do SEE e melhorar o controlo da dívida pública são compromissos do Governo moçambicano com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no âmbito do programa de assistência financeiro de 470 milhões de dólares (sensivelmente o mesmo valor em euros) até 2025.
FONTE:
https://www.noticiasaominuto.com/economia/2090275/mocambique-admite-privatizar-transportadora-lam-e-telefonica-tmcel
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