Na tarde de segunda-feira, 4 de novembro, um
policial à paisana foi morto a pedradas por membros da comunidade, no bairro de
Malhampsene, na cidade da Matola, província de Maputo. A violência surgiu após
o agente, que não estava uniformizado, disparar contra um jovem de
aproximadamente 20 anos, matando-o. A ação provocou uma reação imediata da
população, que, em protesto, perseguiu o policial até a sua morte.
Apesar dos tiros, os protestantes não recuaram,
e a violência se agravou. "O policial se refugiou em uma casa de banho nas
bombas de combustível, mas as pedras continuaram a ser lançadas contra ele. Ele
ainda tentou se defender disparando, mas já não tinha mais munições",
acrescentou a fonte. Mesmo sem mais balas, o agente tentou fugir do local, mas
foi incapaz de escapar, sendo alcançado e agredido até a morte por pedradas.
A PRM confirmou o incidente e lamentou a morte
do policial, descrevendo os confrontos como violentos. Carmínia Leite,
porta-voz da polícia na província de Maputo, relatou que manifestações
ocorreram em vários bairros da cidade, como Tsalala, Infulene e Machava, sendo
inicialmente pacíficas, mas rapidamente se tornando tumultuosas. "Perdemos
a vida de um membro da PRM, e uma investigação está em andamento para
esclarecer os fatos", afirmou Leite.
A porta-voz também destacou que, embora a PRM não seja contra manifestações, essas devem sempre ocorrer de forma ordeira e pacífica, sem recorrer à violência. As autoridades continuam a investigar as circunstâncias que levaram à escalada do conflito, que terminou de forma trágica com a morte do agente.
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